No último dia 19 de maio, aconteceu no Bourbon Fortaleza Hotel, na capital do Ceará, o 4º Workshop de Embalagens de Papel, evento presencial e gratuito para associados da ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel) e da Empapel (Associação Brasileira de Embalagens em Papel).
Um dos palestrantes dessa edição do Workshop foi Jacques Gimenes, engenheiro químico com pós-graduação em Economia e Meio Ambiente, e com 15 anos de experiência em fabricação de papel e cartão, além de expertise em matérias-primas para papel e aplicações especiais. Gimenes falou sobre a utilização de tecnologias de retenção e drenagem, com foco no aumento de taxa de produção, visando o atual cenário do setor.
Um dado importante destacado por ele, foi que, em âmbito global, nos últimos 10 anos, houve crescimento de 6% na produção de papel, sendo 23% em materiais para embalagens. Tendências como sustentabilidade e segurança promoveram esse crescimento, sendo que a pandemia da Covid-19 se tornou outro fator de alavancagem no consumo de papel através do e-commerce e do delivery.
“Tive o prazer de participar do evento promovido pela Empapel e ABTCP em um grande momento para o setor de celulose e papel. Com as demandas mundiais por embalagens e produtos mais sustentáveis (ambientalmente e economicamente), os produtos florestais tornaram-se protagonistas no mercado de embalagens rígidas e flexíveis”, afirmou Gimenes.
De maneira bastante técnica e informativa, o especialista apresentou processos, máquinas, química e estrutura mecânica da fibra, aditivos, propriedades do papel e, especialmente, produtividade e custo, usando doze casos para exemplificar o uso dos conceitos, técnicas e tecnologias apresentados.
Entre os desafios, Gimenes ressaltou um mercado com precificação instável e mais exigente, de modo que informações precisas que possam potencializar o incremento de produção se tornam bem-vindas. “Nesse cenário, o segmento de embalagens de papel passou a ser pressionado por maiores volumes, aumento de custo e adequações para substituição de embalagens com maior pegada de carbono”, afirmou.
Na apresentação “Utilização de tecnologias de Retenção e Drenagem com foco em aumento de produção”, trouxe uma visão de como podemos aumentar a competitividade e o volume de produção para a mesma máquina, reduzir os custos de fabricação e melhorar a qualidade do papel utilizando tecnologias na parte úmida da máquina de papel. “Muitas das tecnologias apresentadas foram testadas nas máquinas de papel da Ibema e pudemos comprovar os ganhos de performance e qualidade. O workshop contou com belíssimas apresentações, enriqueceu tecnicamente os participantes e tive orgulho de participar do evento”, reiterou o profissional.
O workshop ainda contou com apresentações de Erivento de Souza, da Solenis, falando de “químicos para a produção de papéis de embalagens”; Angelo Silva, da Valmet, sobre “sistema de gerenciamento e controle de qualidade para máquinas onduladeiras”; Newton Miyamoto, da Kadant, sobre “novas tecnologias para gerenciamento do sistema de vapor e condensado de onduladeiras”; Alexandre Baumann, da Albany, palestrando sobre “tecnologias em telas, feltros e serviços para mesa quente”; Vinicius Tonini, da Voith, sobre os “desafios de qualidade com fibra reciclada: como garantir uma limpeza eficiente”; Rodrigo Dugo & Manolo Amato, da Papirus, sobre “economia circular na prática”; e Anderson Chaves, da EFI Nozomi, sobre “impressão digital industrial para papelão ondulado”.
