Erivelto Gadioli Júnior tem mais de 25 anos de experiência na área comercial voltado ao B2B. Tecnólogo em mecânica e marketing, o profissional realizou MBA na Fundação Getulio Vargas e atua com atendimento a clientes, contas especiais, nichos e segmentos industriais, além de ser responsável pelo desenvolvimento de equipes, elaboração e execução de planos estratégicos. Diretor-Presidente da Cyklop do Brasil, nova associada Empapel, ele concedeu essa entrevista para a Empapel News de março.
Conte-nos um pouco sobre a Cyklop e os planos da empresa para 2023?
Neste ano a Cyklop completa seu 111º aniversário. Desde sua criação em 1912 na Alemanha, é focada no nicho de mercado de embalagens de transporte, entregando uma proposta de valor a seus clientes. Sistemas completos que partem do desenvolvimento e concepção até a pós-venda contemplados através da nossa assistência técnica. Também nos preocupamos em manter em nosso portfólio soluções que atendam às necessidades de todos os portes de operações, do sistema mais simples e manual ao totalmente autônomo e independente. Nossa logomarca representa este propósito, destacando as famílias de produtos que atuamos: “Strapping”, arqueação com fitas de Poliéster (PET) e Polipropileno (PP); “Wrapping”, envolvimento com filmes stretch; “Coding”, codificação e marcação de embalagens; e “Taping”, lacração de caixas com fitas gomadas e fitas autoadesivas. A Cyklop possui presença global com atendimento personalizado e local.
O ano de 2023 é um ano desafiador para todos, ainda impactado pelos efeitos econômicos da pandemia somados à situação econômica global desafiadora; vendo mercados maduros como o norte-americano e o europeu sofrendo com inflação e indicadores desfavoráveis.
A Cyklop vê e acredita que esta situação é momentânea e que o ano de 2023 deve ser um ano de investimento. Este investimento é focado na preparação da empresa para os próximos anos. Os investimentos estão concentrados e duas frentes, sendo a primeira de estreitamento de relacionamento com clientes-chave, através de projetos de otimização de custos e produtividade; e a segunda frente em investimentos no parque fabril para evolução de qualidade e volumes.
Existe algum novo investimento programado para o ano? Algum novo maquinário?
As linhas de produção de fitas de arquear e também a de fitas gomadas receberão investimentos este ano para aumento de capacidade e evolução de performance dos produtos.
Como enxerga as mudanças no mercado de embalagem de papel e papelão ondulado, na perspectiva pós-pandêmica?
O momento é de ajuste após o “boom” de consumo/uso das embalagens de papel e papelão no período pandêmico, porém é notório e definitivo que a matéria-prima “papel” voltou a ter o seu merecido protagonismo na cadeia de consumo. O Brasil em mais este quesito é privilegiado, contando com disponibilidade de todos os recursos para manter esta indústria em franco crescimento. Como toda matéria-prima, o papel necessita de constante investimento não somente para sua produção, mas principalmente para a cadeia convertedora, evitando desperdícios através do desenvolvimento de tecnologia e novos produtos. Somente com foco na entrega de valor para toda a cadeia, da produção ao consumo final, é que o papel manterá esta tendência de crescimento. Os produtos substitutos existentes, por vezes, são mais impactantes ao meio ambiente e com isso mais uma vez se consolida a importância da matéria-prima “papel” e o investimento em pesquisa e desenvolvimento.