Formado em administração de empresas pela Universidade de Fortaleza, Italo Aguiar Bezerra de Meneses costuma dizer que está no meio dos papéis, literalmente, desde que nasceu. Sua família atua no mercado gráfico desde o século XIX. Em 1962, foi fundada no Ceará a ABC Distribuidora, empresa em que trabalha há 15 anos como diretor e que hoje tem 10 filiais, localizadas em 8 estados da região nordeste e em São Paulo. Como representante da Andipa, Associação Nacional dos Distribuidores de Papel, Italo de Meneses integrou a chapa eleita para o triênio 2022-2024. Permaneceu como diretor até fevereiro desde ano, quando o Conselho Diretor o escolheu para assumir a presidência. Italo Meneses é o entrevistado da Empapel News de abril.
Há quanto tempo a Andipa atua no mercado do papel e qual é principal missão de vocês?
A Associação Nacional dos Distribuidores de Papel (Andipa) foi fundada em junho de 2001, com o objetivo de congregar e fortalecer o segmento de distribuição, em um contexto de muitos desafios. Desde então, a Andipa acompanha as transformações ocorridas no mercado de papéis em geral e atua ativamente junto às demais entidades setoriais e aos órgãos de fiscalização e controle, buscando minimizar danos ao setor.
Quais são as expectativas da Andipa para o ano de 2023?
A Associação começou o ano bastante movimentada, estamos em constante diálogo entre os associados, com debates muito voltados para a informalidade que assola o nosso mercado. Esse quadro tem se agravado, a meu ver; mesmo com todos os controles e obrigações que o Fisco impõe ao nosso setor. A pauta está presente desde o dia “um” da Andipa. Além dessa demanda, estamos bastante preocupados com o rumo do nosso país. Mesmo com o provável fim do ciclo de alta de juros, ainda temos um cenário desafiador no curto e médio prazo. Estamos muito atentos para que possamos passar por essa fase com o menor dano possível.
O que mudou para a associação de antes da pandemia para os dias atuais e qual é a projeção de futuro para o nosso mercado?
O mercado de papel tem várias faces. No que concerne às embalagens de papel, de forma geral, estamos convencidos que haverá um crescimento constante nos próximos anos, apesar de no curtíssimo prazo, por conta dos altos estoques e retração na demanda, talvez possamos ver uma queda pontual nos preços. Com a inflação mais controlada, acredito que a economia volte a aquecer, em função de uma provável queda na taxa básica de juros.
