Aconteceu em Holambra, no interior de São Paulo, de 21 a 23 de junho, a 28ª edição da Hortitec (Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas). O evento é a maior exposição técnica do setor de flores, frutas e hortaliças da América Latina.
Foram mais de 32 mil produtores e profissionais do agronegócio, com 490 empresas expositoras. A feira espera movimentar um volume de negócio de R$ 400 milhões nos meses seguintes ao evento.
Participaram também instituições como o Instituto Brasileiro de Horticultura (IBRAHORT), Instituto Brasileiro de Floricultura (IBRAFLOR), Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS) e Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF). “É uma exposição que funciona como verdadeiro termômetro de mercado, para o produtor planejar seus próximos passos”, disse Renato Opitz, diretor da Hortitec.
A Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel) foi uma das expositoras e a Empapel News conferiu o que aconteceu no evento, com um olhar especial para o setor de embalagens de papel e papelão ondulado, responsável por uma parte das novas tecnologias e inovações apresentadas.
“O mercado de FLV (Frutas, Legumes e Verduras) representa um segmento de muita relevância para a indústria de embalagens de papel e papelão ondulado”, sublinha Gabriella Michelucci, presidente do Conselho de Administração da Empapel. “Oferecemos inúmeras propostas inovadoras, garantindo a integridade e segurança dos produtos, customizadas para cada cadeia produtora, além do diferencial ambiental”, lembra Gabriella.
O setor de horticultura, floricultura e fruticultura representa 9,20% do mercado de embalagens em papel e papelão ondulado, segundo anuário de 2021 da própria Empapel, a partir de dados da FGV. É um percentual maior do que o de setor de químicos e derivados (8,25%), farmacêuticos, cosméticos e perfumaria (5,55%) e avicultura (3,31%), por exemplo.
Como a Hortitec é uma feira que abrange produtos, serviços, tecnologias e métodos capazes de solucionar os diversos gargalos existentes do plantio à mesa do consumidor, tal esforço envolve soluções de embalagens, armazenamento, transporte, com menor desperdício e maior eficiência, em uma alternativa sustentável, como é o papel.
O setor é determinante para a economia porque chega em larga escala na mesa dos brasileiros. O potencial de crescimento é imenso, como lembra a organização da feira. Isso porque mais da metade da população brasileira (algo em torno de 70%) não consome a quantidade média de FLV sugerida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 400g/dia/pessoa, 5 dias por semana. Dados recentes revelam que o consumo médio está em apenas 128g/pessoa/dia, o que representa menos de 35% do consumo ideal.
Nesse sentido, com o esforço sendo feito inclusive pelo setor público, de entidades como Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Sebrae, ambas participantes da Hortitec, a expectativa é por crescimento, de modo que a melhora dos números desse mercado vai certamente impactar positivamente o setor de embalagens de papel e papelão ondulado. Estar preparado garante ao segmento de papel e papelão ondulado de que o nicho FLV pode render bons frutos.