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Entrevista com Eduardo Brasil, diretor-executivo da Empapel

O isolamento social, como forma de prevenção e de frear a disseminação da Covid-19, fez o brasileiro em grande parte mudar seus hábitos de consumo, aderindo ainda mais à Internet. Isso impulsionou o mercado de embalagens em papel e papelão ondulado em 2020.

Confira a entrevista do mês com Eduardo Brasil, Diretor-Executivo da Empapel, em que ele fala sobre a importância do avanço da produção de embalagens em papel e papelão ondulado, diante dos desafios enfrentados desde o início da pandemia.

Como você enxerga o ano de 2020 para o setor de embalagens em papel e papelão ondulado?

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Foi um ano bastante atípico. A indústria e o comércio tiveram que se adaptar e perceber como os consumidores iriam se comportar, diante da brutal crise sanitária que estamos até agora encarando. O consumidor precisou buscar na Internet uma maneira de seguir a vida, consumindo dentro das limitações do isolamento social.

Todos precisam de produtos do supermercado, farmácia, utilidades domésticas, comida, bebida etc. O comércio precisou criar meios de entregar esses produtos de uma maneira segura, ágil e eficiente. As embalagens em papel e papelão ondulado garantem isso, de uma maneira sustentável, que o mundo demanda hoje em dia.

Foi possível dimensionar em números essa mudança?

Sim. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), informou que entre abril e setembro de 2020, 11,5 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra online.  É muita gente aderindo a um novo formato de consumo.

O comércio eletrônico no Brasil, antes da pandemia, representava pouco mais de 5% das vendas totais do varejo. Depois, subiu para 12%, um salto bastante significativo. O setor cresceu 68% e seu faturamento teve um salto com fechamento em R$ 126,3 bilhões, em 2020, frente aos R$ 75,1 bilhões em 2019.

E isso, claro, impactou diretamente na nossa indústria de embalagens em papel e papelão ondulado. Tanto que 2020 pode fechar, em um cenário moderado, com crescimento de 5,4% em relação a 2019. Desde julho o setor apresenta crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior.

É algo pontual ou uma tendência?

Uma tendência, sem dúvida. Dados da Empapel, a partir de estudo da FGV, mostram que 2021 tem expectativa de aumento no nosso setor de até 6,6%, no cenário mais otimista. É preciso ver até quando esses novos hábitos de consumo se mantêm, mas há muito de irreversível nesse processo, como o mercado de delivery de alimentos, por exemplo.

Qual a comparação pré-pandemia?

A maioria dos setores da indústria, infelizmente, está ainda lutando para chegar aos patamares pré-pandemia. Graças ao esforço dos associados Empapel, o nosso mercado não só recuperou patamares pré-crise, como já os ultrapassou.

A expectativa é que a partir de fevereiro de 2021, fiquemos 7,8% acima do mesmo mês de 2020. Isso na projeção moderada. Na comparação com março, que foi quando efetivamente a pandemia bateu nas portas do Brasil, nosso aumento pode ser de 7,6%.

Como as embalagens em papel e papelão ondulado são claramente uma alternativa mais sustentável, cabe a nós planejarmos e trabalharmos para suprir a demanda crescente.

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