Os pilares da eficiência econômica combinada com a proteção ambiental são conhecidos pelos três “R”s da reciclagem: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Eles resumem a ideia de que é possível crescer economicamente sem depreciar o meio ambiente.
Com o tempo, a sociedade passou a compreender melhor os termos “reciclagem” e “sustentabilidade”, de modo que se fez necessário um quarto “R” nessa equação.
Se “Reduzir” é diminuir a emissão de poluentes; “Reutilizar” é reaproveitar os materiais já utilizados, degradando menos o meio ambiente; e “Reciclar” é converter um produto depreciado e utilizado em um novo produto; todos os “R”s ficaram de responsabilidade de empresas e poder público, de modo que o quarto “R” precisou se voltar à pessoa física, ao cidadão comum, colocando-o dentro desse grande esforço, que deve ser de todos, na proteção do Planeta.
Assim, nasceu a necessidade de “Revalorizar” ou “Repensar”. Todos os termos com o mesmo objetivo, sob o mesmo conceito: fazer as pessoas refletirem antecipadamente uma decisão que estão prestes a tomar, especialmente no âmbito do consumo.
Porque comprar um produto novo, se ele pode ser renovado ou revalorizado, seja com um ajuste mecânico ou técnico? Seja uma roupa, um carro, um celular ou um eletrodoméstico, antes de comprar um novo, por que não ver se sua vida útil pode ser aumentada com um simples conserto?
Mas não só. Novos hábitos de consumo são importantes, mas há a separação de resíduos, que também cabem aos cidadãos comuns; bem como novas formas de armazenagem e de utilização. É tirar o máximo do que aquele produto pode oferecer.
E assim surgiu uma nova dinâmica cultural. Passou a ser mais desejável, de bom tom e apreciável socialmente a revalorização dos bens de consumo. As pessoas “compraram” a ideia, embora ainda haja um longo caminho para que toda a sociedade pratique com naturalidade o “R” da revalorização, diante das necessidades, provocações e tentações do consumismo desenfreado.
Essa “revalorização” dos produtos – no sentido de dar mais valor, por mais tempo – traz um enorme benefício ao Planeta. Revalorizar o que se tem é renovar as esperanças em um planeta mais sustentável.