Inovação e sustentabilidade têm sido palavras-chave para definir o futuro cada vez mais presente do setor de embalagens de papel e papelão ondulado. O segmento tem se desenvolvido bastante para chegar ao patamar de excelência que atenda o consumidor, no que diz respeito à sustentabilidade e à experiência de manuseio.
“Além da questão ambiental, a embalagem de papelão ondulado tem evoluído muito no sentido de oferecer maior proteção ao produto, como as embalagens para transporte de agroindustriais, com o desenvolvimento de chapas de papelão com agentes bactericidas que tornam as caixas livres de contaminantes (inovações que surgiram durante a pandemia), eficazes no transporte refrigerado e utilizáveis no ponto de venda”, afirma Gustavo Andrusko, Gerente Comercial para Vendas de Máquinas e Equipamentos South America da BHS Corrugated.
A empresa alemã com mais de 20 anos de produção de rolos corrugadores, além do fornecimento de peças de reposição e serviço técnico especializado para o mercado sul-americano, conta com 8 plantas de fabricação de equipamentos e rolos corrugadores e inúmeras filiais e representantes, ao redor do mundo. No Brasil, desde 1998 a BHS Corrugated South America começou suas atividades com um escritório em Curitiba, e alguns anos mais tarde, em 2002, a fábrica de rolos corrugadores entrou em operação.
A expectativa para 2023 é a entrega de uma nova onduladeira completa no Brasil e mais uma para 2024, e vários equipamentos individuais, adquiridos pelos clientes, tanto do Brasil como da América do Sul com o propósito de expandir e modernizar suas plantas também a serem instalados em 2023 e 2024.
No mercado norte americano a BHS Corrugated deve instalar neste ano 14 onduladeiras completas nos Estados Unidos e no Canadá. Globalmente, a expectativa é que o faturamento da empresa chegue próximo a 1 bilhão de Euros.
O Futuro da Embalagem
Para a empresa, a embalagem do futuro busca se tornar uma embalagem múltipla, que atenda cada cliente, produto e necessidade de uma maneira única, sempre de olho na reciclabilidade e na sustentabilidade.
“A nossa visão de embalagem do futuro seria essa embalagem versátil, que atende a muitos requisitos de utilização. Seja a que possui utilidade pré-definida, como as voltadas à agroindústria, mas que devem mais do que apenas transportar, com a versatilidade das caixas demandadas pelo e-commerce”, continua o gerente comercial da BHS.
“A necessidade de embalagens que possam ser ajustadas a vários formatos e tamanhos, para embalar os mais diversos produtos vendidos on-line é uma demanda que tem crescimento contínuo”, afirma o executivo.
As empresas de embalagem têm se pautado nessa busca de aproximar o futuro desejado pelos clientes e consumidores de um presente cheio de desafios e necessidades ímpares. Se a palavra de ordem é ser sustentável, não há mercado mais dinâmicos e inquieto para atender essa demanda.
“A filosofia da BHS é ser orientada ao futuro, oferecendo soluções no presente. As palavras-chave são: imagem, inovação e inteligência. Isso também é alcançado através da cooperação com parceiros especializados para que nossos produtos representem sempre tecnologia de ponta”, explica Gustavo Andrusko.
A BHS é um dos exemplos de como detalhes podem levar a um produto mais alinhado com as expectativas do mercado. A empresa conta que desenvolveu o conceito da Box Plant 2025, um portfólio de soluções e serviços, de olho em custos mais baixos e maior produtividade em toda a fábrica de embalagens.
São sistemas de automação, serviços remotos e presenciais e soluções digitais para onduladeira, impressão digital em linha e intralogística autônoma. “A ideia central é tornar a fábrica dos nossos clientes autodidata, energeticamente eficiente, enxuta e orientada para a demanda”, resume Andrusko.
Um dos exemplos citados é o iCorr® Assist Glasses ou Óculos de Assistência Remota, que, como o nome diz, permite que a equipe de manutenção do cliente possa ter assistência em tempo real com os especialistas BHS ao vivo, por conexão de vídeo.
Vale ressaltar que uma embalagem sustentável deve ser assim considerada em todas as etapas, incluindo a sua fabricação. Evitar que técnicos se desloquem até o fabricante impede também o desperdício de combustível, por exemplo.
Para a empresa, a digitalização sempre foi o principal tema relacionado ao conceito Corrugated 4.0 na BHS. “Em primeiro lugar, o objetivo é otimizar os parâmetros do processo e aumentar a automação e a eficiência da produção. Para atender com a maior precisão possível as necessidades de nossos clientes e estar sempre na vanguarda da tecnologia”, afirma Gustavo. Assim, a BHS reinveste cerca de 5% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento.
A embalagem do futuro pretende chegar até o consumidor com o mínimo possível de consumo de energia, combustível e matéria-prima. Sendo de papel e papelão ondulado, o ganho retorna à cadeia em forma de reciclagem. É o que o consumidor dos tempos atuais deseja – e as empresas estão trabalhando para entregar esse futuro, no presente.
