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Entrevista com Darcio Berni, diretor-executivo da ABTCP

Darcio Berni, diretor-executivo da ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel) tem sua carreira profissional construída em 23 anos atuando na área de negócios em empresas de grande porte, como Ford, Kibon, VCP – Votorantim Celulose e Papel, e Fibria Celulose. Formado em administração de empresas pela Universidade São Marcos e com pós-graduação em Propaganda e Marketing pela ESPM, fez seu MBA em gerenciamento pela FIA e há 11 anos trabalha na ABTCP. O parceiro da Empapel nos concedeu essa entrevista para a Empapel News de novembro.

Com a volta dos eventos presenciais e o sucesso da 54ª edição do congresso da ABTCP, quais são os planos da associação em relação aos eventos para o próximo ano?

O sucesso do ABTCP 2022 – 54º Congresso e Exposição Internacionais de Celulose e Papel – em número de congressistas e em público visitante confirmou que todos estavam ansiosos para participar de eventos presenciais. Ficamos muito satisfeitos com a participação do público de forma presencial em todas as atividades promovidas durante a realização do nosso Congresso e Exposição. Foi perceptível que os eventos presenciais são muito valorizados pelas pessoas.

Contudo, durante o período que não foi possível a realização de eventos presenciais, a ABTCP adaptou-se rapidamente ao mundo virtual e, em alguns casos, percebeu que os eventos online são mais adequados do que os presenciais. Principalmente, quando comparamos os custos e tempo de deslocamento das pessoas. Temos uma visão bastante clara destes fatores e adequaremos nossa oferta de eventos do próximo ano, buscando atender ao público da melhor forma.

O setor de embalagens de papel e papelão ondulado tem atingido um protagonismo importante. Na sua visão, o que foi fundamental para o crescimento desse mercado?

Nosso setor de papel e papelão ondulado realmente vem conquistando espaço no segmento de embalagens produzidas a partir de fontes renováveis e sustentáveis, atingindo um protagonismo importante como produtores de embalagens feitas a partir dessas matérias-primas. A sociedade brasileira e mundial está muito mais atenta às questões ambientais e isso interfere diretamente nas decisões de consumo. Esse é um movimento sem volta e nosso setor tem muito clara essa oportunidade e responsabilidade, investindo muito em pesquisa e desenvolvimento para ampliar nossa participação no setor de embalagens em geral. Portanto, tem se mobilizado para esclarecer a população sobre os benefícios ao meio ambiente, quando se decide pelo uso de embalagens como as de papel e papelão ondulado, com maior reciclabilidade.

Com mais de 50 anos de atuação, como a entidade vê a evolução da matéria-prima papel até o momento atual e as mudanças proporcionadas pela pandemia e crescimento do comércio eletrônico?

Os papéis produzidos a partir de florestas plantadas, como os destinados a imprimir e escrever, para fins sanitários e, principalmente, os destinados a embalagens em geral, evoluíram muito nos últimos anos em conquista de espaço e tecnologias utilizadas em sua fabricação. Houve uma inovação em grande escala em busca das melhores soluções ofertadas em embalagens pelo nosso setor de papel. Continuaremos futuramente a manter este espaço conquistado no dia a dia das pessoas, após estas mudanças, e nosso crescimento deverá ser expressivo, não apenas pelo avanço do comércio eletrônico, mas pela maior conscientização das pessoas em relação ao menor impacto gerado ao meio ambiente pela matéria-prima papel e papelão ondulado na produção de embalagens.

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