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Entrevista com Sérgio Ribas, diretor-presidente Irani Papel e Embalagem

Sérgio Luiz Cotrim Ribas é desde 2017 diretor-presidente da Irani Papel e Embalagem S.A, associado Empapel. Também tem o mesmo cargo na Companhia Habitasul de Participações, desde 2019.

Graduado em administração de empresas (BA) pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1984-1987) e mestrado em administração de empresas (MBA) pela Questrom School of Management da Boston University (1998-2000), o profissional faz parte da equipe de gestão da Irani desde 2004, anteriormente como Diretor de Operações (COO).

Atuou também como diretor de projetos e consultor sênior na Roland Berger Strategy Consultants, de 2000 a 2004; e no Banco do Brasil, de 1981 a 1998 – o último cargo foi de Gerente Executivo de Marketing.

Entrevistamos Sérgio Ribas para a Empapel News de junho.

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Há quanto tempo a Irani atua no mercado e qual sua missão?

A Irani completou 80 anos no dia 6 de junho de 2021. É atualmente uma das empresas líderes do Brasil em papeis para embalagens, embalagens de papelão ondulado e resinas de pínus. Possui cinco unidades produtivas: duas em Vargem Bonita (SC), uma em Santa Luzia (MG), uma em Indaiatuba (SP) e uma em Balneário Pinhal (RS), além de florestas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Nossa missão é “construir relações de valor para gerar prosperidade”. Acreditamos na força das relações baseadas na confiança, na compreensão dos interesses genuínos de cada parte e na construção de valor ao longo do tempo. Relações que levam à prosperidade de nossos clientes, colaboradores, fornecedores, acionistas, comunidades próximas a nossas fábricas e, evidentemente, da Irani. É um caminho virtuoso de desenvolvimento e geração de valor. O mote da nossa campanha para celebração dos nossos 80 anos foi focado no futuro: “(des)envolver o futuro é o que nos move”. O que te move?

Quais são as expectativas da empresa para 2021?

Vivemos um momento muito difícil para a humanidade e especialmente para o Brasil, com mais de 500 mil mortos pela covid-19. Há muita dor e sofrimento.

Não há como celebrar resultados em um contexto tão difícil. Mas não há como negar o quão beneficiado o nosso setor tem sido pelas mudanças de comportamento dos consumidores ao longo da pandemia.

Há uma mudança estrutural na demanda, que deve permanecer e fortalecer cada vez mais o papel como um dos materiais mais sustentáveis para embalagem.

Nossos resultados em 2021 têm sido excelentes em função da dinâmica de mercado favorável e também por uma série de medidas que tomamos na Irani nos últimos anos como o encerramento de operações com baixa geração de caixa, vendas de ativos não estratégicos, reestruturação do endividamento e a oferta pública de ações que realizamos em julho do ano passado, com migração da Irani para o Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da B3.

Isso tudo abriu espaço para um ciclo robusto de investimentos, iniciados em 2020, mas que tomou velocidade este ano. Como o segundo semestre naturalmente tem uma demanda maior, esperamos resultados muito positivos para o ano todo.

Vocês acreditam que a forma de consumir mudou desde o início da pandemia e como o mercado de embalagem de papel e papelão ondulado contribuiu nesse sentido?

Com a pandemia e o crescimento do e-commerce e do food delivery, a demanda por papeis para embalagem e embalagens de papelão ondulado aumentou significativamente.

Como parte da cadeia de serviços essenciais, o setor se viu desafiado a atender a alta demanda com eficácia e rapidez. E, de fato, teve uma atuação admirável e manteve o país abastecido ao longo de toda a pandemia apesar das dificuldades principalmente na disponibilidade de matéria-prima.

Neste novo cenário, a maior adesão ao comércio eletrônico e ao delivery já fazem parte da rotina e da jornada de compra da população. E as embalagens de papel demostraram sua versatilidade e capacidade em atender às novas exigências da sociedade ao preferir embalagens sustentáveis. O papel, por ser produzido a partir de florestas plantadas, por ser reciclável e biodegradável, já se posiciona como o material preferido para substituir outros materiais menos sustentáveis no mundo todo.

Acreditamos que estes movimentos e mudanças de comportamento do consumidor vieram para ficar e que o setor deve se manter próspero. Temos grandes oportunidades e muitos desafios. Nem sempre o papel substitui outros materiais com a mesma funcionalidade. É preciso inovar. De repente, estamos chegando aos consumidores finais, mas nosso negócio típico é com outras empresas, B2B. Inovar, a partir da compreensão do mercado e da necessidade dos consumidores, depende de novas competências, principalmente em marketing, que em minha percepção ainda não são fortes no setor.

Neste sentido, a Irani lançou a primeira embalagem de papel com tecnologia antiviral, antibacteriana e antifúngica do Brasil. A novidade que acaba de chegar ao mercado tem capacidade de inativar o vírus da covid-19, o SARS-CoV-2, além de outros vírus, bactérias e fungos, 99,9% em até cinco minutos de contato. As micropartículas de prata presentes no papel são responsáveis por um processo de inativação de agentes patógenos. Criam uma barreira de proteção. Outro grande diferencial da embalagem de papel com esta tecnologia é a sua alta durabilidade. A proteção permanece ativa durante toda a vida útil do papel e da embalagem, mesmo se entrar em contato com álcool ou outras substâncias.

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