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Irani avança em processos de inovação e parcerias

O mundo passou nos últimos dois anos pela maior crise sanitária em 100 anos. É justamente em cenários tão negativos como esse que surgem soluções criativas e inteligentes para potencializar ganhos e construir um futuro ainda mais promissor. Em ambientes tão desafiadores, as empresas aumentam o montante de seus investimentos em inovação.

É com ideias inovadoras que pessoas, empresas e governos podem fazer mais e melhor, enfrentando as adversidades e deixando um legado inabalável para o futuro. Embora esse raciocínio possa parecer óbvio, ele não pode ser “só uma ideia”. Para inovar, uma empresa precisa ter projeto, investimento, plano de ação, estratégia e, claro, pessoas e parcerias capazes de realizar o que foi idealizado.

Esse é o caso da Irani, associada Empapel e considerada uma das mais inovadoras no setor de papel e celulose. Nesta nova série de artigos, a Empapel vai contar como as empresas pensam a inovação e como colocam em prática seus projetos. E no primeiro texto da série, contamos um pouco sobre os caminhos que companhia trilha no mundo da inovação.

Com iniciativas que há pelo menos uma década vêm ganhando cada vez mais relevância na companhia, a inovação é um dos principais direcionadores estratégicos da Irani. Em pouco tempo, a inovação foi abrindo novas portas e marcando presença em diferentes frentes e formatos, tanto para que se tornasse um ativo real da empresa, quanto passasse a ter impacto positivo sobre a receita da companhia e no dia a dia de colaboradores, parceiros e clientes.

O primeiro passo foi tornar a inovação uma cultura consolidada internamente, em todos os níveis e formatos. Atualmente, a companhia opera com quatro pilares principais: Gestão de Inovação (com foco na estratégia corporativa para o tema), Inovação aberta (com collabs, Irani Labs e Corporate Venture Capital – o que inclui investimentos e aceleração de startups) e Cultura da Inovação (com foco em ações que estimulam os colaboradores a pensarem em novos projetos, processos e produtos, como o Inova Ideias, que premia ideias que contribuem com a melhoria de produtos, processos, serviços e na geração de resultados).

“Estamos trabalhando em muitas frentes e uma das mais recentes e mais importantes foi o lançamento do primeiro papel e embalagem de papel com tecnologia antifúngica, antibacteriana e antiviral do país”, explica Andrea Quintana, Gerente de Marketing e Inovação da Irani. “A novidade, aplicada no papel utilizado na produção de caixas e chapas de papelão ondulado, e ainda disponível em bobinas de papel, na linha BagKraft, tem como objetivo garantir a biossegurança da embalagem, oferecendo higiene, saúde e proteção às pessoas que a manuseiam”.

Atualmente, a Irani possui quatro plataformas tecnológicas de pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I): papel e celulose; papelão ondulado; florestal e resina; ambiental e energia. Essas plataformas estão distribuídas nos quatro principais negócios da companhia, especialmente no estado de Santa Catarina. Somente nestas quatro plataformas foram abrigadas, em 2022, mais de 50 projetos.

No caso do desenvolvimento do primeiro papel e embalagem de papel com tecnologia antifúngica, antibacteriana e antiviral do país, a solução foi desenvolvida em parceria com a Nanox Tecnologia, empresa especializada em materiais inteligentes, nanotecnologia e antimicrobianos. Os testes foram conduzidos pela empresa especializada Quasar Bio, referência em ensaios com SARS-CoV-2 (vírus que causa a Covid-19), e realizados em laboratório de biossegurança de nível 3, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).

Conexão e investimentos em startups

A área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Irani, como se vê, não trabalha isolada. As parcerias são destaque por meio do Irani Labs, programa de inovação aberta para conexão com startups, lançado em 2020, e o Irani Ventures, veículo de investimento e aceleração de startups de alto impacto e o desenvolvimento de novos negócios, que foi criado no último ano.

Desde a criação do Irani Labs, já foram duas edições realizadas, o que originou mais de 200 conexões, nove provas de conceito de soluções de startups testadas pela empresa, por meio de um processo diferenciado para contratação de startups, chamado fast track, criado para agilizar e facilitar o relacionamento com parceiros externos.

No final de 2022, a companhia anunciou o seu primeiro aporte realizado por meio da Irani Ventures, com recursos direcionados à Trashin, startup de impacto criada em 2018, com sede em Porto Alegre, e que promove a economia circular através da gestão de resíduos e de programas de logística reversa.

O objetivo deste incentivo é tracionar o modelo da Trashin no mercado. A startup pretende ampliar sua atuação, executando a operação de novos projetos de gestão de resíduos e solucionando de maneira criativa problemas relacionados a destinação de materiais descartados. Também irá potencializar a ressignificação de resíduos, promovendo a logística reversa, além de fortalecer a economia circular dentro das companhias dos mais diversos segmentos do mercado. O plano da Irani Ventures é seguir investindo em outras startups que possam contribuir com soluções ligadas ao tema sustentabilidade.

“Acreditamos que as práticas de inovação promovidas pela Irani têm preparado, cada vez mais, a companhia para atender os novos hábitos de consumo e as demandas do mercado, bem como desenvolver novos produtos com tecnologias inovadoras, oferecer novas experiências aos nossos clientes, além de tornar o nosso processo produtivo ainda mais sustentável e eficiente”, ressalta Quintana.

A gerente de Inovação lembra que, desde os primeiros passos do Irani Labs, a empresa compreende que a abertura a mudanças “é a força motriz da inovação”. Tanto que, além das iniciativas voltadas à inovação aberta, a Irani ainda conta com um programa interno focado na geração, desenvolvimento e implantação de ideias inovadoras, chamado Inova Ideias, que teve início há mais de uma década.

Como funciona

Em 2021, quando foi realizada a segunda edição do Irani Labs, o programa foi dividido em duas etapas. Na primeira, 20 startups foram selecionadas para a realização de entrevistas individuais, com dez escolhidas para apresentação dos projetos no chamado Demoday. A partir daí, cinco foram aprovadas pela banca de avaliação e deram sequência à segunda etapa, que consiste na implementação das soluções propostas.

“Como aconteceu desde a primeira edição, o programa foi voltado para startups com alto potencial de inovação e com projetos e produtos com nível de desenvolvimento e maturidade avançados e alinhados com os nossos negócios”, explica Quintana.

Ela cita alguns exemplos: “em 2021, desenvolvemos projetos utilizando inteligência artificial em monitoramento florestal, no controle de processos, barreiras no papel, tecnologias relacionadas a projetos de embalagens, customer experience e indústria 4.0”.

Dentre as tecnologias que embasaram os projetos apresentados estavam RFID, Blockchain, IoT, machine learning, Data Base, nanotecnologia, tecnologias de processos de celulose, além de inteligência artificial.

“Percebemos um movimento muito interessante nas edições do Irani Labs e temos a certeza de ser um projeto muito efetivo para fomento da inovação aberta. Já contabilizamos mais de 200 startups inscritas, inclusive de fora do Brasil”, destaca Quintana.

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