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Klabin e a Cop26: empresas assumem a dianteira nos compromissos em prol do planeta

A Conferência do Clima das Nações Unidas em Glasgow, Escócia, conhecida como COP26, foi uma das notícias mais importantes de 2021, por unir os principais líderes políticos e diplomáticos mundiais em torno da busca por soluções para desacelerar o processo de aquecimento global do planeta.

Ela havia sido adiada de 2020, por conta da pandemia, o que gerou ainda mais expectativa para as conversas que visavam um primeiro objetivo principal: chegar a um acordo amplo sobre medidas para conter as mudanças climáticas a ponto de permitir no máximo o aumento de 1,5ºC na temperatura média da Terra, em comparação ao período pré-industrial.

Por um olhar mais apurado, a conferência foi um sucesso por fazer os países assinarem acordos e compromissos que contribuem para a redução de emissões de gases nocivos ao ambiente. Um bom exemplo é que, pela primeira vez, os países preveem a redução gradativa dos subsídios aos combustíveis fósseis e ao uso do carvão. Além disso, países se comprometeram com U$S 100 bilhões por ano até 2025 para financiar medidas que evitem o aumento da temperatura.

Metas brasileiras

O governo brasileiro foi representado pelo ministro do Meio Ambiente, que expôs as principais metas do país na questão. As mais importantes são o aumento no corte das emissões de gases de efeito estufa, de 43% para 50% até 2030; a antecipação da meta de zerar o desmatamento ilegal, de 2030 para 2028, sendo 50% já em 2027; a redução em 30%, até 2030, das emissões de metano; e a meta de chegar a 2050 com saldo zero de emissões, compensando cada tonelada de carbono com algum tipo de absorção, como ações de reflorestamento.

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Participação da Klabin

Além dos governos, empresas estão se mobilizando de modo acelerado em busca de equalização das suas emissões de gases. A descarbonização é uma realidade para muitas delas, como a Klabin, que representou o setor, a única empresa latino-americana presente no COP26 Business Leaders.

O diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos, Francisco Razzolini, participou de um evento paralelo à COP26, na Universidade de Glasgow. Ele falou durante painel “GLF Climate: Forests, Food, Finance – Frontiers of Change”, valorizando o papel do setor de florestas plantadas para a construção da bioeconomia.

Esteve também no painel “Metas Baseadas na Ciência e Indústria”, apresentando o case de sucesso da companhia ao estabelecer metas científicas. A Klabin começou a trabalhar a questão do carbono em 2003, quando realizou o primeiro inventário de emissões. Segundo Razzolini, desde então, tem atuado para reduzir de forma constante as emissões, investindo e incorporando novas tecnologias para ampliar a matriz energética de fonte renovável. Hoje, 90% da energia utilizada pela Klabin é de base renovável, e até 2024 chegará a 92%.

Já Cristiano Teixeira, CEO da Klabin, participou dos painéis “O setor de base florestal e o seu papel na bioeconomia”, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil, “O futuro da Amazônia: conciliando produção agropecuária e conservação da floresta”, e “High-Level Meeting of Caring for Climate”, do Pacto Global.

Pioneirismo

A empresa é uma das que estão na linha de frente dessa batalha em prol do meio ambiente. Entre 2003 e 2020, por exemplo, reduziu em 64% suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), e teve metas validadas pela Science Based Targets initiative (SBTi), que validou a ambiciosa proposta de reduzir as emissões de CO2 por tonelada de celulose, papéis e embalagens em 25% até 2025, e em 49% até 2035, tendo 2019 como ano-base.

A Klabin também foi pioneira em apoiar o movimento Business Ambition for 1,5ºC, da ONU, e ao aderir ao Net Zero, buscando zerar suas emissões até 2050. Teixeira, inclusive, participou do painel “Ambição Líquida: as empresas brasileiras estão preparadas para a transição líquida-zero?”, onde o executivo reforçou a importância da mobilização do setor privado em torno desse objetivo. Há ainda muito a ser feito em todo o mundo, por empresas e governos. Mas cada passo pode ser comemorado.

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