A Micro Fibrillated Cellulose (MFC), ou, em português, celulose microfibrilada, é uma micropartícula da celulose, com um décimo da espessura de um fio de cabelo. Ao ser adicionada ao processo de formação do papel, “visa o incremento de suas propriedades mecânicas, principal objetivo dos produtores do setor papeleiro”, afirma o estudo “Influência da incorporação de celulose microfibrilada nas propriedades de resistência mecânicas do papel”.
O objetivo da MFC é aumentar as propriedades do papel, aproveitando o tamanho microscópico das fibras, já que por essa característica consegue ocupar pequenos espaços vazios e proporcionar um melhor entrelaçamento, o que gera reforço ao papel. A celulose microfibrilada é uma matéria-prima natural e renovável, obtida pelo processo de fibrilação mecânica da celulose.
Em abril de 2020, a MFC foi utilizada em projeto inovador tocado pela Klabin, em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras e a Apoteka: a produção de álcool em gel, o produto mais cobiçado desde o início da pandemia.
Álcool em gel
A MFC substitui o carbômero, importante componente utilizado na fabricação de cosméticos e álcool em gel. O carbômero é um insumo não produzido no Brasil e está escasso no mercado brasileiro, graças à procura por álcool em gel durante a pandemia de covid-19. A utilização da nanocelulose na produção de álcool em gel reitera as inúmeras possibilidades de fonte renovável que temos pela frente.
A MFC já faz parte das nossas vidas, em um ótimo exemplo de como o setor de papel, celulose, papelão ondulado e de embalagens alia inovação, pesquisa e vultosos investimentos para um crescimento econômico e ambiental sustentado.