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O que esperar de 2022 para o setor de embalagens em papel e papelão ondulado

Otimista em meio a um cenário desafiador, o setor de embalagens em papel e papelão ondulado começa 2022 projetando um crescimento de 1,4% na expedição. É claro que essa expectativa, depende do que vier a acontecer com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que, pela perspectiva do mercado, deve fechar o ano com queda em torno de 0,5%.

Ou seja, o setor, a despeito do cenário macroeconômico desafiador e caso confirme a projeção, poderá comemorar mais um ano de crescimento, levando-se em conta que a expedição esperada para 2021, num cenário moderado, segundo dados da Empapel, é de 4.072 mil toneladas, uma alta de 4,2% em relação a 2020.

Há muitos desafios pela frente. O principal deles para a indústria é a inflação. “O impacto inflacionário do setor tem acontecido pela menor oferta de insumos e materiais, pela demanda global. Esse cenário vem demandando bastante a indústria de embalagens na questão dos custos”, explica a presidente do conselho da Empapel, Gabriella Michelucci.

Apesar disso, há um fator positivo para o segmento, pois significa um aumento de exportação de produtos que tradicionalmente usam as embalagens de papel e papelão ondulado (frutas e proteínas), reforçando o Brasil como país de importante produção agropecuária para exportação. Além disso, a queda do embargo chinês à proteína bovina no final de 2021 deverá impulsionar recuperação deste mercado em 2022.

Na mesma esteira, o câmbio também contribui com o aumento de preços, com a moeda norte-americana bastante pressionada, especialmente em um quadro de inflação alta nos EUA, que fará o Federal Reserve (banco central norte-americano) subir ao menos quatro vezes a taxa de juros durante 2022 – e uma taxa de juros mais alta por lá eleva também o dólar.

Com novas variantes do vírus que provoca a Covid-19 e uma fora-de-época da epidemia de gripe, causada pela H3N2, há uma pressão negativa sobre o funcionamento do comércio físico, o que beneficia o comércio eletrônico. Em 2022, a expectativa é que o e-commerce cresça 27% e com isso chegue a uma participação de 14% do varejo total. Há, portanto, um ritmo forte e muitas oportunidades para o mercado de papel e papelão ondulado.

Além disso, o substancial avanço da vacinação contra a covid-19 tem também feito os governadores e prefeitos evitarem qualquer endurecimento nas restrições de circulação de pessoas, de modo a contribuir para um cenário menos complicado para a economia. Em diferentes cenários projetados, o otimismo se acentua, pelo fato de que o setor está melhor preparado agora do que estava nos anos anteriores, quando as incertezas eram maiores e mais graves. A expectativa de mais um ano de crescimento não é torcida pura e simples, mas uma projeção concreta, embasada na força das empresas de embalagens em papel e papelão ondulado.

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