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Painel Abre: do cenário macroeconômico à cadeia de consumo no Brasil

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Durante o Painel ABRE de Economia e Tendências, evento online promovido pela ABRE – Associação Brasileira de Embalagem –, Aloisio Campelo Junior, Superintendente de Estatísticas Públicas do IBRE/FGV, apresentou os resultados do Estudo ABRE Macroeconômico da Embalagem e Cadeia de Consumo no Brasil.

Nele, Campelo elucidou de maneira ampla o cenário macroeconômico do Brasil na atualidade, momento em que a pandemia vai ficando para trás, depois de causar sérios problemas para a economia nacional.

Um ponto de destaque é a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que encolheu 3,9% em 2020, primeiro ano da pandemia, quando não havia vacinas disponíveis; se recuperou em 2021, com alta de 4,6%, bem abaixo dos pares emergentes (crescimento de 7,2%) e da América Latina (crescimento de 6,8%); e tem projeção de avançar apenas 0,3% em 2022, contra 5,9% dos emergentes e 2,4% da América Latina – isso se a guerra entre Rússia e Ucrânia não se prolongar demais.

Campelo explicou que o quadro é de baixa confiança empresarial, com desaceleração do consumo e problemas na cadeia de suprimentos na indústria; de recuo na confiança do setor de Serviços (última leitura, de fevereiro, com queda de 0,2% em relação a janeiro), muito por conta da nova variante da Covid-19, a ômicron, e confiança do consumidor ainda muito baixa, mesmo reagindo positivamente com a pandemia recuando e a entrada de recursos do Auxílio Brasil, novo programa de distribuição de renda do governo federal.

A taxa de desemprego não deve melhorar tanto ao final de 2022, chegando a 12,2%, contra 13,2% registrado no final de 2021, e inflação cada vez mais persistente, podendo chegar, no cenário otimista, a 7,1% em dezembro no acumulado dos 12 meses (no momento, após a leitura de março, o índice acumulado de 12 meses está em 11,30%).

Apesar de todo esse cenário, o setor de embalagens cresceu 31,1% em relação a 2020, tendo como destaque justamente as embalagens de papelão ondulado. A produção não acompanhou o ritmo e recuou 0,7%. “Houve forte desaceleração no consumo de bens e retorno gradual de atividades presenciais, o que beneficiou o setor de Serviços”, explica Campelo. “A reversão do avanço das vendas online também contribuiu para o resultado”.

Por fim, o preço dos insumos de embalagens deve continuar em um patamar elevado. No recorte de fevereiro de 2022, a alta acumulada em 12 meses era de 42,5%, contra alta de apenas 20,2% no preço das embalagens.

O segundo painel, sobre “Cenário eleitoral e seus efeitos para agenda econômica”, foi apresentado pelo cientista política e sócio da Tendências, Rafael Cortez.

O terceiro painel foi ministrado por Ricardo Moura, Diretor Client Service da GfK, sobre “A Transformação do Consumidor”, mostrando que os hábitos de consumo do jovem atual mudaram (leia mais em outro artigo da nossa cobertura ao evento).

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