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Processo na onduladeira: um mergulho no mundo técnico de uma embalagem de papelão e seus processos

O diretor técnico da Kohler Coating, Emilio Carpio, apresentou uma palestra online para os associados da Empapel, no dia 18 de setembro de 2023, sobre o processo na onduladeira.

A Empapel News conferiu o evento e mostra os principais destaques que o profissional, que atua em Ohio, nos EUA, apresentou. Carpio, vale lembrar, deu entrevista para o site da Empapel em agosto e atua no setor de papelão ondulado há mais de 35 anos.

Ele trabalhou em projetos de máquinas em linha, corte e vinco, rotativo e plano, impressoras flexo e movimentação. Seu primeiro desafio profissional foi um projeto próprio: um software de gestão das fábricas de papelão, na Espanha.

O especialista abordou em sua apresentação os temas qualidade e colagem. Em qualidade, o profissional destacou que a Colagem é a temática mais relevante: “nada importa se o papelão fica descolado”, diz. “Uma boa colagem depende da penetração e da gelatinização, e os dois dependem da umidade”.

Já o Empeno condiciona a produtividade e a funcionalidade das montadoras de caixas. A Quebras de Vincos afeta a qualidade, especialmente no inverno e nos ambientes secos. “A caixa se quebra e o seu aspecto não fica aceitável”, alerta. “Acontece com bastante frequência quando o papel está muito seco”.

“Na era da comunicação, a Costela (ou Washboard) é o maior inimigo do papelão ondulado”, ele sublinha. “Depende muito do controle da umidade e da linha de cola”.

Na gelatinização, o amido precisa de água para o processo. Para gerir a umidade, usa-se os chuveiros, pré-aquecedores e mesa quente.

Ainda contam na qualidade, o refugo e a velocidade (que gera produtividade).

Em colagem, Carpio destaca os aspectos mais importantes: “o adesivo não pode molhar completamente o aderente, apenas se a tensão superficial do aderente for maior do que a do adesivo”. E o que ele chama de “molhabilidade” do papel muda com a gramatura e a umidade, mas isso pode ser controlado.

São três as fases da colagem: líquido, gelatinização e green bond, quando se supera a força entre as fibras.

Carpio também enumerou vários desafios no processo de colagem, com problemas mecânicos, do papel, forradeira, cabeçote, passando por temperatura e gelatinização inadequadas etc.

O profissional mostrou em detalhes que o processo é realmente bastante técnico e que uma embalagem de papelão pode parecer apenas um invólucro nas mãos do consumidor final, só que por trás dela há não só preocupações cada vez mais marcantes com a sustentabilidade, mas uma miríade de estudos, técnicas e processos altamente sofisticados.

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