O hábito de pedir alimentos por telefone ou meios digitais aumentou nos últimos anos, especialmente após o início da pandemia da Covid-19. A mudança de comportamento dos consumidores foi de uma necessidade sanitária para um novo hábito. Junto, veio uma crescente exigência por embalagens mais sustentáveis, de olho na redução dos impactos ambientais que essa forte mudança trouxe.
Isso despertou um alerta para empresas alimentícias de diferentes setores e tamanhos para atender essa enorme massa compradora com embalagens sustentáveis e que atendem a critérios sanitários
Alexandre Lima, Gerente de Sustentabilidade do iFood, concedeu entrevista à Empapel News recentemente e confirmou essa visão: “a grande proposta do iFood é devolver para o meio ambiente mais do que consumimos dele; durante a pandemia nos tornamos praticamente um serviço essencial, já que as pessoas não podiam sair para almoçar/jantar e evitavam ir ao mercado”.
“Ao mesmo tempo que o nosso negócio cresceu rapidamente, a quantidade de plástico gerado cresceu junto”, ressaltou Lima. “Por isso, nos últimos anos temos atuado para reduzir o volume plástico no delivery focando na redução do plástico descartável de uso único e na substituição do plástico por outros materiais menos agressivos ao meio ambiente”.
Mas não é tão simples, quando se trata de alimentos. É necessária a produção de materiais cada vez mais avançados para atender a uma demanda por higiene, segurança, eficiência e reciclabilidade. Não é uma equação fácil, mas a indústria de embalagens tem se esforçado, através de investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Um dos pontos mais importantes é produzir embalagens já pensando no seu retorno, através da reciclagem. Os materiais classificados como “Recycle-Ready” (ou “prontos para reciclar”) são 100% compatíveis com os fluxos de reciclagem. E a tecnologia está aí para contribuir em todos os pontos.
Em se tratando de alimentos, é importante a rastreabilidade do produto utilizado na embalagem, para evitar contaminação. Nesse sentido, no acondicionamento, há tecnologias como filmes com barreira, vedação à vácuo e atmosfera modificada. A embalagem em papel ou papelão sempre oferece ganhos, já que o produto é de fácil reciclagem e reaproveitamento.
Lima ressaltou na entrevista que a iFood para a Empapel News, que tem desenvolvido parcerias e projetos com a indústria de papel, na busca de soluções inovadoras de embalagens de papel cartão 100% reciclável e livre de plástico, bem como massificar o uso de sacolas de papel em substituição às sacolas plásticas.
Além disso, as marcas podem personalizar as embalagens também a partir de comunicação direta com os consumidores, o que é mais uma tendência neste meio.
Enquanto o consumidor se alimenta com frutas, lanches, sucos, proteínas, verduras, pizzas e tudo mais, a indústria se alimenta de tecnologia para atender a fome de sustentabilidade da sociedade.