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Acordo histórico no Canadá pode ampliar relação entre hortifrutis e embalagens

Para o mercado de embalagens, os hortifrutis são um importante e promissor setor. Em 2022 horticultura, fruticultura e floricultura correspondeu a 8,34% do total da expedição de embalagens e acessórios. É o segundo maior comprador. A partir de 2023, esse volume pode gradativamente melhorar. Em dezembro de 2022, no Canadá, foi assinado um acordo histórico que pode potencializar as demandas, os negócios e os ganhos do setor.

Aconteceu em Montreal, em dezembro de 2022 a COP15 – 15ª Conferência da Biodiversidade (CDB). A conferência é diferente da realizada em novembro no Egito, a 27ª Conferência das Partes (COP27) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC). Embora menos famosa, a COP canadense chegou a esse acordo considerado histórico para proteção da biodiversidade.

A biodiversidade está relacionada a todos os seres vivos e à maneira como estão conectados em uma complexa teia de vida que sustenta o planeta, lembra a própria Organização das Nações Unidas (ONU). O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, declarou após a COP15 que, “finalmente, estamos começando a fechar um pacto de paz com a natureza”.

Os 190 países participantes e signatários do acordo concordaram em preservar um terço da natureza do planeta até 2030, algo bastante ousado, além de estipular metas para a proteção de ecossistemas considerados vitais, como florestas tropicais e pântanos, e assegurar os direitos dos povos indígenas.

Participante do evento, a WUWM (União Mundial dos Mercados Abastecedores) afirma que o setor pode desempenhar papel fundamental para proteger a biodiversidade e ajudar a reduzir o desperdício global de alimentos – o desperdício é tido como um dos maiores vilões.

Os pontos mais importantes do acordo incluem a manutenção, melhoraria e restauração de ecossistemas, detendo a extinção de espécies para manter a diversidade genética; o uso sustentável da biodiversidade, essencialmente garantindo que espécies e habitats possam continuar fornecendo os serviços para a humanidade, como alimentos e água potável; a garantia que os benefícios dos recursos da natureza, como remédios que vêm de plantas, sejam compartilhados de forma justa e igualitária e que os direitos dos povos indígenas sejam protegidos; e investir e colocar recursos na biodiversidade, garantindo que o dinheiro e os esforços de conservação cheguem onde são necessários.

Os hortifrutis são importantes nesse processo. “Os atores da cadeia de valor alimentar podem de fato desempenhar um papel importante para alcançar os objetivos estabelecidos pela COP15”, diz Stephane Layani, presidente da WUWM. “Os mercados grossistas, ou hortifrutis, já desempenham um papel crucial ao otimizar as cadeias de abastecimento e reduzir drasticamente o desperdício alimentar, mas também desempenham um papel importante na proteção da biodiversidade, uma vez que são importantes para comercialização de produtos locais sazonais”.

Os Hortifrutis são agentes únicos para assegurar a comercialização de um conjunto significativamente maior de diversidade de culturas do que outros mercados alimentares, com alguns tendo até 1 milhão de referências diferentes de produtos frescos em estoque, garantindo assim um importante apoio à diversidade de culturas e variedades disponíveis.

Lutar pela biodiversidade pode incrementar esse mercado em todas as frentes e ampliar a relação com o setor de embalagens.

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