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Biotecnologia no papel e nas nossas vidas

O dicionário Houaiss define “biotecnologia” como a tecnologia “desenvolvida a partir de conhecimentos de uma ou de várias áreas da biologia e aplicada a sistemas biológicos, organismos ou seus derivados, com finalidade produtiva”. Fabricação de pães e iogurtes são bons exemplos para ilustrar.

A biotecnologia, porém, é muito mais ampla. Inclui técnica para sequenciamento de DNA, edição genética, criação de vacinas, suplementos, medicamentos, clonagem, alimentos transgênicos e mais.

A manipulação de genes, por exemplo, é usada para aprimorar microorganismos que fermentam os queijos. É usada também para criar plantas mais resistentes a pragas ou que criem produtos mais saudáveis.

As possibilidades de utilização são muitas. Inclusive nos setores de papel, celulose e embalagens, a partir do melhoramento genético das árvores, por exemplo, ou do uso de enzimas que extraem a celulose de maneira ecologicamente sustentável, ou ainda a biopolpação, com fungos que ajudam no processo de preservação da celulose na árvore para extração.

Há muitos outros processos, incluindo biobranqueamento, controle de resinas e até mesmo na reciclagem do papel, com utilização de celulases e hemicelulases. A biotecnologia, embora seja um conhecimento antigo, necessita constantemente de investimentos em inovação e pesquisa, na busca pelo processo mais sustentável da produção de papel, diminuindo a utilização de químicos, otimizando a área plantada e acelerando a produção.

O Brasil é o segundo maior produtor de celulose do mundo e o maior de celulose de fibra curta, fazendo da sua indústria do papel, a décima maior do planeta. Entretanto, há bastante espaço para avançar, especialmente nas melhorias de processos, com investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

O país contava em 2021, segundo o levantamento Mapa Biotec, do Profissão Biotec, com 547 empresas, sendo 308 empresas e 155 startups nacionais de biotecnologia e 84 empresas multinacionais, divididas nas áreas de Saúde Humana e Bem-estar (27,42%), Agricultura (20,48%), Insumos (15,9%), Biotecnologia e Saúde Animal (11,52%), Indústria e Bioprocessos (7,5%), Meio Ambiente (5,85%), Biotecnologia dos Alimentos (3,11%) e outras (8,23%).

Uma dessas empresas é a Klabin, que possui centro de pesquisa florestal para melhoramento genético, visando qualidade da madeira, estudo de solo, controle de pragar,  etc.

Em 2020, o Brasil ficou em 62º lugar entre 131 países no principal ranking internacional sobre inovação – o Índice Global de Inovação – reforçando a ideia de que há ainda muito terreno para avançar e investir. Apenas 25% da área plantada no país recebeu alguma atenção biotecnológica em 2022.

A expectativa é que o segmento em todo o mundo cresça: até 2028, as movimentações financeiras das biotechs chegarão a mais de US$ 2,44 trilhões ou US$ 3,44 trilhões até 2030. Um volume de dinheiro que deve contribuir para um planeta mais saudável e menos degradado.

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