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Setor de árvores cultivadas: peso social com geração de emprego e renda e peso econômico, com impacto positivo na balança comercial

Levantamento inédito da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em parceria com a FGV-IBRE, indica que o setor de base florestal gera 2,8 milhões de oportunidades de emprego no Brasil. Os dados do estudo publicado em 2022 são com base em 2020 e impressionam. Dessas 2,8 milhões de oportunidades, 536,4 mil são empregos diretos, 1,5 milhão indiretos e 805,4 mil de oportunidades e rendas induzidos. Para estes trabalhadores, a renda gerada somou R$ 122,7 bilhões. São mais de mil municípios beneficiados pela atuação do setor.

Segundo o relatório, a receita do setor totaliza R$ 116,8 bilhões. Outros R$ 181,8 bilhões vêm da produção indireta, a partir de fornecedores e clientes imediatos. E R$ 90,2 bilhões, da chamada produção induzida (bens e serviços demandados por trabalhadores do setor). Quando as produções indireta e induzida são somadas, o valor gerado por toda a cadeia florestal atinge R$ 388,8 bilhões.

O efeito é em cascata. O setor de árvores cultivadas é um importante vetor de estímulo de negócios locais. O comércio é o segmento que concentra a maior parcela dos efeitos totais em termos de produção indireta e induzida a partir das atividades das associadas da Ibá. Somente aí houve produção equivalente a R$ 44,3 bilhões em áreas afastadas dos grandes centros, onde o setor atua, segundo o relatório divulgado em 2022.

Em, pelo menos, 60 segmentos é possível identificar um efeito direto na geração de negócios devido à presença de empresas de base florestal, que vão do transporte a atividades jurídicas e imobiliárias.

“O trabalho com os dois pés fincados na bioeconomia vai além dos benefícios ambientais e os dados do estudo comprovam isso. Para cada R$ 1 milhão produzido pelo setor de árvores cultivadas brasileiro, é gerado R$ 1 milhão em renda indireta ou induzida. Ou seja, as companhias também impulsionam os serviços de terceiros e as economias das localidades onde estão inseridas, estimulando o desenvolvimento em regiões afastadas dos grandes centros. Isto tem um enorme valor, especialmente em conjunturas econômicas desafiadoras”, afirmou José Carlos da Fonseca Jr., diretor executivo da Ibá.

Para além do impacto social importante, com geração de emprego e renda, há o impacto econômico para o país. Dados do primeiro trimestre de 2022, levantados pela Ibá mostram que a produção de celulose de janeiro a março chegou a 5,797 milhões de toneladas, uma alta de 6% em relação ao mesmo período de 2021. As exportações subiram 14,4% no mesmo período, para 4,190 milhões de toneladas, injetando positividade na balança comercial brasileira.

A produção de embalagens no período subiu 10,6%, indo a 1,519 milhão de toneladas. O volume de vendas domésticas subiu 0,2%, indo a 446 mil toneladas, e as exportações foram a 268 mil toneladas de embalagens, uma alta de 141,4% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

A participação do setor na balança comercial brasileira, ainda no recorte dos três primeiros meses de 2022, foi positiva em US$ 12,098 bilhões, com as exportações representando 3,4% de tudo o que o Brasil exporta e as importações representando 0,4%.

Segundo a Ibá, o setor de árvores cultivadas apresenta uma carteira de R$ 60,4 bilhões de investimentos em curso até 2028, em florestas, novas fábricas, expansões, ciência e tecnologia. “Este é um setor que não para de investir em inovação, produtos e pessoas. Tudo isso está relacionado à nova consciência do consumidor, que busca produtos desenvolvidos em cadeias produtivas que sejam sustentáveis”, ressalta José Carlos.

É um segmento que tende ao crescimento. Com ele, crescem as pessoas, as famílias e o país.

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