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Economia circular: modelo prático para redesenhar o futuro

No 55º Congresso Internacional de Celulose e Papel, da ABTCP, que explorou o tema “Inovação como pilar de circularidade no setor de papel e celulose”, realizado em 2023, um dos destaques que a Empapel News acompanhou de perto foi o painel técnico sobre circularidade. Ministrado por Guilherme Suertegaray, Senior Project Manager da Ellen MacArthur Foundation, o profissional mergulhou no tema, destrinchando a economia circular.

Mestre em administração de empresas pela PUC-RJ e com oito anos de experiência como gerente de programas e projetos de GRC (governança, risco e compliance), Suertegaray hoje é responsável pelo relacionamento da fundação com grandes empresas da América Latina, com o objetivo de aumentar a oferta de produtos e serviços da economia circular na região.

Ele explicou que a economia circular é um modelo prático para redesenhar o futuro de forma que a geração de valor econômico não dependa de extração de recursos. O palestrante sublinhou que a transição energética, que muitos países estão começando a se debruçar, vai resolver aproximadamente 55% do problema da crise climática. “Os outros 45% dependem da forma como a gente produz e utiliza as coisas, sobretudo como a gente usa o solo para produzir”, disse.

“Qualquer saída para a crise climática precisa passar pela questão econômica. E a circularidade é uma solução que propõe uma mudança no paradigma que a gente vive hoje, sem mudar essa lógica do nosso sistema, não tem solução possível para a crise climática”, afirmou.

A economia circular propõe um redesenho do modelo econômico vigente, segundo o profissional. E esse redesenho é a partir de três princípios: eliminação de resíduos e poluição, circularidade de produtos e materiais e regeneração da natureza.

Não é um ideal distante. Ao contrário. Como Suertegaray mostra, “já vemos alguns exemplos de onde a economia circular está presente, com a implantação prática da inovação resultando em vantagens competitivas nos aspectos social, ambiental e econômico”.

“Mas nem só de inovação empresarial se faz a transformação que precisamos como sociedade. Elementos viabilizadores importantes, sobretudo, políticas públicas e finanças, precisam existir e avançar paralelamente”, observou.

O profissional mostrou de maneira simples e objetiva que o modelo linear de hoje foi criado pelo homem justamente para ser como é, o que nos leva a crer que o redesenho exigido pela economia circular também é viável, bastando dedicação e esforços de iniciativa privada e agentes públicos. É um modelo que já se provou eficaz. Precisa ser expandido, enquanto o Planeta ainda respira.

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