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Fosber: do centro de excelência em embalagens da Itália para o mundo

Na nova edição da série sobre inovação em papel, entrevistamos a Fosber, empresa italiana no setor de embalagens de papelão, que nasceu em 1978 em Lucca, região da Toscana italiana, reconhecida pela excelência em tecnologia na Europa.

A empresa tornou-se líder global em design, construção e instalação de máquinas para a produção de embalagens de papelão ondulado. Em 2014, o Dongfang Precision Science & Technology, grupo chinês, adquiriu a Fosber e surgiu a Fosber Asia, baseada em Foshan, na província de Guangdong. A empresa conta com unidades também nos EUA, Espanha e atende a América Latina.

A Empapel News conversou com Alfio Abradi, diretor-comercial da empresa, direto de Lucca, sobre a trajetória da Fosber e suas inovações para o setor. A empresa fica no coração da inovação do país, reconhecida por abrigar o polo tecnológico de excelência do país e da Europa, justamente por conta das universidades de Firenze e de Pisa, onde estudou nada menos que Galileu Galilei.

As universidades possuem cursos específicos de papelão ondulado, tendo uma estreita relação com a empresa. Essa proximidade fornece à Fosber grandes profissionais da área. Dos 350 funcionários da empresa, mais de 70 pessoas trabalham em pesquisa e inovação.

“Temos (com a universidade de Pisa) um relacionamento direto, frequente e contínuo. A universidade apoia a Fosber em certas pesquisas específicas e a Fosber apoia a universidade com informações técnicas relacionadas ao nosso mundo”, exalta Abradi.

A Fosber tem também, junto com a universidade, um novo curso relacionado ao mercado de embalagem de papel, aproveitando também o fato de Lucca ser a “capital papeleira da Itália e uma das principais da Europa”.

“Desenvolvimento e pesquisa estão no nosso DNA. É o departamento com maior número de pessoal dedicado da empresa”, reitera Abradi. “Na nossa indústria, foram muitas as inovações apresentadas. Há 25 anos, passamos de máquinas mecânicas para outras controladas pela eletrônica”, citando o sistema de posicionamento robótico de faca e vinco, uma das primeiras inovações do meio.

Nos últimos anos, porém, o processo de automação das máquinas foi bastante acelerado, diz Abradi, sublinhando a inteligência artificial para específicas combinações de papelão, por exemplo, ou para aplicar parâmetros de correção para materiais embarcados ou curvados.

Para o futuro próximo, a Fosber adentra na Indústria 4.0 para que o nível de automação alcançado esteja não só no processo de fabricação do papelão, mas também que a manutenção da máquina seja “preventiva e preditiva”, salienta Abradi.

Além da inovação e desenvolvimento, a Fosber também leva em consideração outro aspecto de um mundo considerado moderno: a questão do meio ambiente. Abradi ressalta que é uma preocupação da companhia, dos clientes e, claro, dos consumidores.

“Há uma sensibilidade da empresa nessa questão”, diz. Preocupação que, vale lembrar, sobrepõe-se a “projeto” ou a “obrigação”. “Quanto menos papel, cola, goma, vapor, energia elétrica você tem no seu processo de fabricação, tanto melhor para o meio ambiente, melhor para o fabricante, porque custa menos, e melhor para o consumidor final.

Embalagem não era algo muito relevante no passado, lembra o executivo. Depois, com o passar do tempo, houve um processo de valorização da embalagem. “Tem um valor agregado ao produto. A embalagem hoje é uma ferramenta de marketing. Tem que gerar uma emoção, uma reação imediata”, lembra Abradi. “Tem que ser bonita, sexy, com aparência interessante e que o consumidor possa viver uma experiência completa na hora de abrir”.

Tudo isso forçou uma mudança na indústria, no processo de fabricação, e empresas como a Fosber se posicionaram na linha de frente de um setor que muda com frequência.

Uma empresa que se predispõe a oferecer “embalagens do futuro” – que sejam menores, mais eficientes, que substituam o plástico, que atendam melhor o comércio eletrônico e reforcem o fato de serem uma ferramenta de marketing – é uma empresa que pensa em desejos globais de melhoria de percepção e utilização. Não dá para chegar lá sem inovação.

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