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Mulheres na indústria de embalagens

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, o Instituto de Embalagens realizou uma live especial só com mulheres. O tema foi a importância e os desafios das mulheres na indústria de embalagens, com participação de lideranças femininas de diferentes áreas do setor, abordando os desafios enfrentados na indústria de embalagens, as conquistas já alcançadas e as perspectivas para o futuro.

Idealizado por Assunta Napolitano Camilo, do Instituto de Embalagens, o evento contou também com Silvia Montes, presidente da Heidelberg do Brasil; Thais Fagury, presidente da Prolata Reciclagem; Renata May, business manager na Indorama Ventures; Liliam Benzi, da LDB Comunicação Empresarial; Lucia Moreira, especialista em economia circular na O-I; Izabel Assis, vice-presidente comercial da Dow; Isabela De Marchi, gerente de sustentabilidade, da SIG, e Daniela Tomatti, vice-presidente comercial na Ball.

“Todas com histórias incríveis”, ressaltou Assunta, na abertura da live. “Para inspirar as futuras e as atuais mulheres” a se dedicar e se destacar nesse setor. “Mais da metade da população mundial é de mulheres, que movimenta cerca de US$ 31,8 trilhões por ano em consumo. No Brasil, as mulheres são 53% da população e são responsáveis por mais de 70% das decisões de consumo”, destacou Assunta, ambientando a importância decisória das mulheres.

Diante desses e outros dados de consumo que também colocam as mulheres no centro das decisões de compra, Assunta sublinha que sempre causou estranheza o fato de ter poucas mulheres no setor de embalagens. “A gente precisa estimular as mulheres e questionar: se é uma mulher que vai comprar, por que não tem mulher na ponta, no trade, no marketing etc.?”, provoca a mediadora e organizadora da live, que também levantou a dúvida sobre o que é possível fazer para melhorar esse quadro.

Segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) as mulheres são, em média, mais instruídas do que os homens. A PNAD Contínua de 2019 mostrava que entre a população com 25 anos ou mais, 40,4% dos homens não tinham instrução ou possuíam somente o fundamental incompleto, enquanto as mulheres correspondiam a 37,1%.

Já a proporção de pessoas com nível superior completo, os homens são 15,1% e as mulheres, 19,4%. Mas isso não se traduz em postos de trabalho mais decisórios. Uma pesquisa realizada pela Grant Thornton, citada pela FGV (Fundação Getulio Vargas), mostrou que as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no país. É difícil uma mulher ocupar o topo da cadeia de comando de uma empresa ou organização.

A FGV recorda que “entre os anos de 2014 e 2019, a taxa da participação feminina no mercado de trabalho atingiu 54,34%. Em 2020, devido a pandemia, o número recuou para 49,45%. Em 2021, houve uma melhora e subiu para 51,56%”, o que corresponde a 20% a menos do que a participação dos homens. E pior: segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) uma brasileira recebe, em média, 78% menos do que um brasileiro.

Daniela Tomatti, destacou entretanto, que “estamos fazendo grandes avanços”. Ela reforça que há “muitas mulheres capacitadas, ainda mais que os pares masculinos”. Para ela, o importante “é ter coragem, se jogar. Nós mulheres às vezes nos cobramos demais, achamos que temos que saber todas as respostas; é preciso ter autoconfiança, tomar riscos, dar a cara a tapa e se manter verdadeiras; a gente não pode, como mulher inserida em um mundo masculino, querer ser igual àquele perfil que era o padrão”.

Daniela ressaltou que a autenticidade sempre a acompanhou por onde passou no mercado de trabalho: “não perco o que me faz diferente como mulher e sempre tento levar isso para as minhas equipes e trazer mulheres para esses times”. Na Ball, ela destaca, cerca de 30% das posições de liderança são de mulheres, sendo quase 25% ocupando um cargo sênior. “Cada vez mais as portas estão se abrindo para gente”, ela conclui.

De fato, cada passo é um desafio, encarado com persistência e dedicação por essas profissionais que buscam consolidar seus espaços na carreira. A live do Instituto de Embalagens sublinhou esses avanços.

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