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Só há um Planeta Terra e não há espaço para lixo

Na semana do meio ambiente trazemos três textos importantes com foco em sustentabilidade na Empapel News. Abrimos com uma importante reflexão proposta pelo engenheiro de alimentos Antonio Cabral que realizou uma apresentação sobre o “Projeto de Sistema de Embalagem com Responsabilidade Ambiental”, em evento promovido pela Two Sides. A Empapel acompanhou de forma online os principiais pontos apresentados por ele e traz um resumo de suas ideias.

Sistema de Embalagem “é o conjunto de operações, materiais e acessórios que são utilizados na indústria com a finalidade de conter, proteger e conservar os diversos produtos e transportá-los aos pontos de venda ou utilização, atendendo às necessidades dos consumidores e clientes a um custo adequado, respeitando a ética e o meio ambiente”. Essa é a definição dada pelo professor Cabral.

Antonio Cabral hoje é coordenador de pós-graduação em Engenharia de Embalagem, em Indústria 4.0, e diretor da Pack&Strat, consultoria técnica e estratégica que tem como principal objetivo melhorar o resultado das empresas, através do aperfeiçoamento da gestão do Sistema de Embalagem.

Ele lembra que qualquer projeto de sistema de embalagem precisa levantar questões básicas antes de tudo: se a embalagem projetada atende aos anseios do consumidor, se segue a legislação e as convenções em vigor, se é ética, qual impacto ambiental terá e se atende os custos predefinidos.

O engenheiro tem uma frase, como um guia, que define responsabilidade ambiental: “a Terra não admite lixeiras!”. Desenvolvimento sustentável “é atender às necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprirem suas próprias necessidades”, define. Já sustentabilidade prevê algo economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo.

A capacidade de síntese de Cabral é notável e ele diz que as embalagens não podem ser eliminadas do processo: precisam ser adequadas a cada necessidade e situação, sempre pensando em evitar o desperdício. “As políticas de não geração e redução da geração de resíduos carecem de estímulo e ferramentas de desenvolvimento e acompanhamento”, diz.

“Nós, humanos, passamos fome, desperdiçamos alimentos e geramos grande quantidade de lixo – e a embalagem é a culpada?”: não, mas ela contribui e pode ajudar a reverter esse quadro, a partir de projetos de embalagens bem especificadas, melhor distribuição dos alimentos produzidos, uma proteção adequada, que significa nem mais, nem menos, em dimensões e armazenamento, além do consumo consciente.

Cabral também defende que é preciso acabar com a guerra de materiais, “porque cada material tem seus pontos fortes e fracos”. E sustenta que é preciso um programa claro e ostensivo de educação ambiental, que valha para todos, de produtores, industriais a consumidores.

Evitar desperdícios é uma questão social e ambiental. “Só temos uma Terra e não há espaço para lixo”, resume o engenheiro.

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