Empapel News

Home Empapel News Eventos Empapel apresenta painel em Encontro de Aparistas de Papel, da ANAP

Empapel apresenta painel em Encontro de Aparistas de Papel, da ANAP

No dia 10 de novembro de 2022, a Empapel participou do Encontro Nacional de Aparistas de Papel (ANAP), que ocorreu dentro do Waste Expo Brasil, em São Paulo, no Expo Center Norte, evento mais amplo, de 8 a 10 de novembro, com empresas que vendem serviços, máquinas e equipamentos para a gestão de resíduos sólidos.

O Waste Expo Brasil é considerado o maior da América Latina destinado à completa gestão de Resíduos Sólidos e Saneamento. Este foi o sexto encontro da ANAP, que apresentou um workshop de aparas de papel, com lançamento do selo ANAP, e palestras de especialistas. O encontro contou com patrocínio da Waste Expo Brasil e apoio da Empapel, ABTCP, ABIGRAF Nacional, Ibá, SINAPESP, SIMPAPEL, SIMPASUL, SIMPESC e Two Sides.

A Empapel foi representada pela presidente do conselho, Gabriella Michelucci, que falou sobre o mercado de Embalagens de Papel. Gabriella iniciou sua apresentação ressaltando que a população mundial está crescendo menos – cinco dias após o evento, o mundo ultrapassou a marca de 8 bilhões de habitantes – e com hábitos de consumo voltados para soluções mais sustentáveis.

“Os consumidores estão buscando cada dia mais soluções sustentáveis. Nesse sentido, o mercado de aparas de papel tem uma importância não só para o mercado de embalagens em papel e papelão ondulado, mas também para a reciclabilidade no Brasil”, afirmou.

A informação é importante, porque a contrapartida é que o PIB global também está crescendo, apesar do cenário bastante desafiador, com guerra na Ucrânia de tensões elevadas e uma ainda presente pandemia, com novas variantes do vírus e pressão sobre cadeia de suprimentos com constantes paralisações da atividade na China.

“No Brasil, a única cadeia preparada e pronta para reciclagem é a de aparas de papel. Todo esse processo construído por décadas está precificado”, pontuou, ao explicar que esse é um dos drivers para o crescimento de embalagens de papel – além da amplitude do processo de urbanização, que oferece rapidez e praticidade ao consumidor.

Outro driver de crescimento são justamente as embalagens renováveis e premium, por conta da preocupação crescente com consumo de produtos mais sustentáveis. “O consumidor está disposto a pagar mais por isso”, sentenciou Gabriella, que ainda projetou que é uma preocupação crescente no Brasil, inclusive para as empresas, ao utilizar a embalagem como ferramenta de marketing.

“Embalagens de papel somadas apresentam 31,6% de participação no valor bruto da produção, ainda com potencial de crescimento por substituição de outros materiais”, explicou. Esse montante inclui papelão ondulado (19,7%), cartolina e papel cartão (7,6%) e papel (4,3%). Os dados são de 2021, tendo material plástico (37,1%) e metálicos (21,4%) liderando a produção. Vidro (4,2%), produtos têxteis (3,7%) e madeira (1,9%) completam a lista no país.

“Nos últimos 10 anos, papéis apresentaram tendência positiva de aumento, assim como o papel , que cresceu 4,7% no período”, destacou Gabriella. “Demais materiais apresentaram queda, pela substituição de outras soluções”, mostrando uma tendência.

A indústria brasileira de papelão ondulado utiliza entre 70% e 75% de fibra reciclada. “É uma indústria altamente dependente da coleta seletiva, da movimentação dos aparistas, das cooperativas”, lembrou.

Segundo cada associação de classe, as latas de alumínio possuem maior índice de reciclagem no país, chegando a 97,30% (dado de 2017), enquanto papel e papelão chegam a 68% (dado de 2018 do Ibá, Instituto Brasileiro de Árvores). Adicionando papelão ondulado, sacos e o material longa vida, chega-se a 87% (dado de 2021 da Empapel e Ibá).

Olhado para o futuro, Gabriella diz que há duas formas de ver 2023 e 2024 no Brasil, o copo meio vazio e o copo meio cheio: “o meio vazio é ‘vamos apertar os cintos, buscar produtividade’, porque a gente não sabe o quanto o ano será difícil e se a gente não sabe é melhor se preparar; e se tudo o que lemos nos jornais der certo, com o auxílio de R$ 600, aumento real do salário mínimo e reajuste da tabela do imposto de renda, os números da economia podem ser melhores”.

Com tudo isso, Gabriella se baseou nas projeções da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da própria Empapel para indicar como deve ser o próximo ano. O setor deve terminar 2022, perto de 3.985 milhões de toneladas de expedição de papelão ondulado, uma queda de 1,5%, em relação a 2021, considerando o cenário moderado. Já a previsão para 2023 é de alta de 3,2%, em relação a 2022, em cenário moderado, indo a 4.113 milhões de toneladas de expedição.

Notícias relacionadas

Anterior
Próximo